quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Porquinha Peppa

Atenção à Porquinha Peppa!
Simplesmente, deixá-los acordar e metê-los em frente à televisão sem questionar e analisar o que veem pode não ser a melhor atitude!


A fonte deste artigo é o dailymail.co.uk.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

GUERRA num Tubo de Ensaio Comercial

Estive para escrever sobre este assunto há umas semanas atrás, mas o trabalho e a ocupação intensa durante todo o mês de Dezembro não me permitiram fazê-lo. Porém, apesar de terem passado largas semanas desde o passado dia 22 de Dezembro (altura em que observei tudo isto!), ainda me sinto perfeitamente escandalizado e preocupado com o que vi.
Fui fazer compras ao Centro Comercial Dolce Vita Tejo, na Amadora, no meu último dia de Folga e deparo-me com uma estranha instalação no meio de um dos muitos corredores do "shopping": uma espécie de "bunker" envidraçado com publicidade e marketing a um dos brinquedos mais pretendidos pelos meninos e rapazes numa faixa etária que percorre os 4 aos 12 anos, sensivelmente. Chamam-se "NERF" e são uma espécie de arma que emite uns sons e umas luzes, acompanhada de uns óculos especiais que permite ao utilizador observar alvos específicos para onde apontar e atirar; são portanto uns verdadeiros protótipos de "armas de guerra", cujo fim imediato é acertar, sem falhas, em alvos fáceis.
A simples existência de um brinquedo destes já me provocava uma certa confusão, mas o que vi naquela tarde, plantado no meio de um dos corredores do Dolce Vita, deixou-me atónito e a repensar em todos os valores da chamada "Humanidade".
Dentro daquela espécie de instalação, as crianças (todas elas do sexo masculino!) eram convidadas a experimentar as potencialidades dos vários modelos de "NERF" no meio de labirintos e esconderijos. FINALIDADE: acertar no maior número de alvos e vítimas, a fim de adquirir o maior número de pontos. Ou seja, o OBJETIVO claro e imediato daquele "bunker" de marketing natalício era ensinar a ELIMINAR, LIQUIDAR e "MATAR" o maior número seres vivos em movimento.
Fiquei perfeitamente ATÓNITO com o que vi!
A instalação publicitária estava repleta de rapazes perfeitamente alucinados, como se de animais irracionais se tratassem; uns perfeitos autómatos de óculos escuros e de armas na mão, empolgados em serem os MAIORES na "Arte de Atingir"; eu diria mesmo, na desenfreada "Arte de Matar". Cá fora, por não terem permissão para entrar dentro do complexo de "jogo", perfilavam-se os pais, mães e restantes familiares dos rapazes lá de dentro. Uns tiravam fotos; outros filmavam e uns quantos batiam desesperados nos vidros para que os filhos se despachassem e saíssem de lá por considerarem estar já a perder demasiado tempo com ainda tantas compras por fazer.
Sem filhos ou qualquer criança familiar lá dentro, senti-me um autêntico antropólogo ou cientista a analisar o comportamento animal do lado de fora de uma "gaiola"; vi-me, de repente, a observar pequenos hamster a girar numas rodas de exercícios, sem pensamentos, sem raciocínios lógicos; uns autênticos "ratos de laboratório" enfiados numa espécie de enorme "tubo de ensaio" com armas na mão; como se alguém poderoso e altivo se tivesse lembrado de repente de se fazer a si próprio a seguinte questão: «E se enfiássemos umas tantas crianças dentro de uma 'caixa' a experimentar o factor 'GUERRA'?». Quais serão as premissas e os resultados de um teste destes, mesmo que seja "a brincar"?
Revi toda a Humanidade dentro daquela "caixa" e todos os comportamentos irracionais que habitualmente detonam a "GUERRA" e os conflitos armados entre seres humanos. E, desarmado, nada pude fazer a não ser interpretar tudo aquilo à minha maneira e sob a minha linha de raciocínio. Achei tudo aquilo impensável; mas nada poderia ter feito a não ser tirar umas quantas fotografias para registar o momento.
ESTOU ESCANDALIZADO!
Saí para a rua depois de ter assistido àquele protótipo virtual de comportamentos de Guerra e Violência gratuita e encapotada e o que é que vejo mais à minha espera? Uma meia dúzia de animadores vestidos de Duendes-Ajudantes do Pai Natal com Aves Raras nas mãos! E eram LITERALMENTE raras: mochos, corujas, aves de rapina e até - pasme-se! - uma Arara-Vermelha para delícia dos transeuntes que, a troco de uns euros, podiam pagar um serviço de fotografias com os tais duendes e seus respetivos animais-espantalho num banca ironicamente chamada de "FLORESTA ENCANTADA"!
Depois de ter assistido a uma verdadeira alienação em potência de seres humanos em crescimento, deparo-me com uma verdadeira elegia ao sofrimento e alienação animal. Que raio de Quadra Natalícia, senhores!
Será que só eu é que me espanto com anormalidades destas? Onde para o bom senso destas pessoas? E porque é que a típica azáfama das compras e da fácil adulação do consumismo faz com que, alguns de NÓS, deixem de pensar e raciocinar? Como é possível tanto distanciamento dos verdadeiros valores humanos?